terça-feira, 8 de abril de 2008

Quase milionária


Dou a vocês a oportunidade de conhecer uma autêntica ganhadora da Mega-Sena: eu! Sim, contei essa história a uma amiga esses dias e ela mal acreditou. Foi em 2004.

Fazíamos um bolão no trabalho; éramos 9 pessoas, escolhíamos os números e criávamos algumas combinações para aumentar as possibilidades. Até encontramos uma forma interessante de combinar os números, o que nos dava, em teoria, uma chancezinha maior de ganhar. Então, o engenheiro/contador da turma fez umas contas e análises e riu da probabilidade pífia de ganharmos. Mostrou a todos e insistiu: era ridículo continuarmos jogando.

Fizemos o óbvio: dissemos a ele que, se achava tão improvável nossos números serem sorteados, que saísse do bolão. O rapaz, com muito orgulho, desistiu do jogo para provar sua razão. Era uma terça-feira, véspera de sorteio.

Quinta-feira. Meu amigo pegou o resultado pela manhã. Encontrou-me no corredor e disse: "Acertamos. Fizemos a quina." Entre a primeira e a segunda frase, meu cérebro processou acertamos=milionários. Quando o entendimento se completou, minha desconfiança falou mais alto: "Você tem certeza? Fizemos mesmo?" Sim, volante conferido na lotérica e tudo.

A emoção de quase-milionária-mas-não-e-mesmo-assim-ganhadora me dominou. Meus olhos se encheram d'água. Perguntei quanto seria o prêmio, pois a Mega-Sena estava acumulada. Cada integrante do bolão levaria R$ 1.100,00. Esses R$ 100,00 graças à desistência do engenheiro que, incrédulo e inconsolável, por muitas horas esperou que lhe disséssemos ser mentira a nossa sorte.

R$ 1.100,00. Meio de mês, sem grana. Botei ordem nas contas e me dei uma bolsa de presente. E conforme a alegria foi se dissolvendo no cotidiano, fomos nos voltando para um fato: por um, apenas um número não teríamos, cada um, três milhões e trezentos mil de um prêmio acumulado em 30 milhões de reais. Três milhões. Pra parar de trabalhar em grande estilo. E para minha surpresa, descubro que o número não jogado foi o 19. Nada de mais, não fosse eu uma constante jogadora de datas. Nada de mais, não fosse o 19 data do meu início de namoro. Nada de mais, não tivesse eu "parado com essa bobagem de jogar em datas" exatamente na última vez em que forneci meus números para o jogo.

A bolsa não era de couro e estragou em poucos meses. Até hoje tentamos o 19.

2 comentários:

Hélio disse...

Putz! já pensou se tivesse ganho?
aeheaoiehaoi que beleza!

Eu jogava muito no lotofacil
na teoria é mais fácil ganhar.

Ganhei 2 reais umas 3 vezes. (valor minimo SE acertar)

Anônimo disse...

Por um número? Minha mãe sempre joga, e o máximo que ela fez foi acertar uns 2 ou 3 números, acho. Mas, veja pelo lado bom: Se você tivesse acertado todos os números, talvez não tivesse criado esse blog, e eu não poderia saborear seus textos ;D